quarta-feira, 30 de maio de 2012

Santíssima Trindade- músicas

Para podermos trabalhar sobre o tema Santíssima Trindade na catequese utilizamos a música do CD "Um lugar bem legal " faixa 5 - Eu creio no Deus que é Pai. Para que pudessémos dinamizar esta música fizemos uma coreografia utilizando alguns gestos em libras. Com este recurso mostramos as crianças que acreditamos em um Deus- em três pessoas- e que esta é uma comunidade de amor que nos faz ser comunidade.

Autor: Pitter Di Laura
Eu creio no Deus que é Pai
Eu creio no Deus que é Filho
Eu creio no Deus que é Espírito Santo
Eu creio no Deus de amor
O Pai criou o céu, a terra e o mar
O Filho veio ao mundo pra salvar
O Espírito nos enche de amor
De amor…
De amor…
 

 

A Festa da Santíssima Trindade- comunidade de Amor



As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras.  Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã. As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Tindade, desde o antigo, até o novo Testamento.

A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico. Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas. Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu... Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo. E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade. Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito. Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.

O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial. Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses. O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:

DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.

DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.

O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente.  É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério. Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas. A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração. Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus: “Que todos sejam um”.

Celebremos, portanto, neste domingo esta Festa da Santíssima Trindade, que nos convida a meditar e celebrar que devemos formar uma comunidade de amor.

Sugestão de CD para catequese

A música católica é um pouco carente em CDs para o público infantil com uma melodia bacana e letras que levem a criança a querer louvar o Senhor com maior entusiasmo. Indicamos para os nossos amigos catequistas o CD de Luciana Antunes- Você é Especial- que traz letras super bonitinhas, ótimas para fazer coreografias e ensinar aos catequizandos para que eles possam louvar e bendizer ao Senhor com sua voz e seu corpo. Vale a pena conferir, lindo CD!

Abaixo o link para maiores informações sobre o CD.


Teatro- Ascensão do Senhor

Este teatro foi utilizado nos comentários iniciais da missa da Criança, mas também, fazendo algumas adaptações, pode ser usado na catequese.





Catequista: Bom dia crianças, que alegria estarmos juntos nesta manhã para celebrar a festa maior, a santa missa. Nesta festa tem muitos convidados especiais sabe quem? Jesus, Maria, todos os santos, os anjos e também toda a família de Deus que somos nós. E para esta festa ficar bem animada e legal precisamos da ajuda de vocês, sabe como? Cantando bem animado as músicas, prestando bastante atenção no que o padre vai nos dizer, rezando com bastante entusiasmo e fé e até mesmo fazendo silêncio na hora que for preciso... Combinado?
Catequista: Estamos neste dia aqui para celebrar a missa da ascensão do Senhor.
Catequizando (Laís): Mas, tia Jacqueline, o que é isto ascensão do Senhor, como isto aconteceu?
Catequista: Crianças, quem poderá nos explicar sobre a ascensão do Senhor?
Toninho: Eu Toninho, o amigo das crianças e que adora falar sobre a santa missa! Bom dia crianças lindas da Paróquia da Conceição!
(As crianças da música respondem bom dia)
Catequista: Toninho na missa de hoje celebramos a ascensão do Senhor conte um pouco para nós o que é ascensão do Senhor?
Toninho: Claro tia Jacqueline, com muito prazer! Ascensão quer dizer subir. Jesus depois de sua ressurreição apareceu algumas vezes aos discípulos e ainda permaneceu junto dos discípulos durante quarenta dias.
Catequista: Mas ai o que aconteceu?
Toninho: Jesus reuniu com seus discípulos e foi levado ao céu, onde está até hoje sentado a direita de Deus Pai.
(Mostrar uma gravura da ascensão de Jesus)
Catequizando: (Laís) Tia Jacqueline, agora fiquei com uma dúvida... Jesus foi embora e nos deixou sozinhos?
Catequista: Não Laís, Jesus não nos deixou sozinhos ele permanece juntinho de nós. Toninho fala para as crianças o que Jesus disse:
Toninho: Que sempre estaria conosco sempre até o fim dos tempos... e sabe aonde é a casa de Jesus o nosso coração. Crianças, quem tem Jesus no coração bate palmas  bem forte.
Catequista: Jesus neste dia em que Ele subiu ao céu Ele também fez um pedido  hiper-mega-super importante, que foi !
Toninho: Vão falem sobre o Evangelho pelo todo mundo a todas as pessoas do mundo!
Catequista: (mostrar um globo) Jesus nos convida a sermos missionários. Ish! O mundo é muito grande e Jesus nos convida a falar em todo mundo sobre Ele. Será que é fácil crianças? Sim ou não! E o que vamos meditar e aprender na missa de hoje como falar de Jesus a todas as pessoas, como sermos missionários. Também hoje iniciamos a semana de oração pela unidade dos cristãos. Vamos agora então cantar para iniciarmos a celebração da santa missa.    

Santa missa- Ascensão do Senhor 20/05/2012

No dia 20 de maio o Núcleo Santo Antônio, juntamente com o Núcleo Santa Luzia e Rainha da Paz ficaram responsáveis pela missa da criança na Paróquia da Conceição. O tema da celebração foi a Ascensão do Senhor e tivemos como objetivo celebrar a grande missão que Jesus nos confiou : " Ide por todo mundo e anunciai o Evangelho".





Explicamos de forma bem simples sobre a missão que Jesus nos confiou e a necessidade de sermos missionários na escola, em casa, na Igreja , ou seja em todos os lugares.




O Presidente da celebração  foi o nosso vigário Pe. Paulo Alexandre, que fez uma bela homilia,  e contou com a ajuda do seminarista José Aparecido . A assembléia participou deste momento de celebração de forma bastante animada.




Ao final entregamos a cada criança o certificado do missionário conferido a elas o título de missionários e que estariam aptas a partir daquele momento de anunciar Jesus com sua vida.



Foi uma celebração muito bonita que só seria possível com a inspiração divina e com as mãos de cada um que se empenhou( Padre Paulo, catequistas, catequizandos do ministério de música e acolhida, Grilo" nosso tocador preferido" e a toda a assembléia )  para que este momento pudesse se realizar: porque Deus nos capacita .

Missa e celebração da Palavra com crianças- formação


A celebração Eucarística é, por excelência, a mais completa forma de celebrar fé e vida. Se toda a liturgia é fonte de chegada e ponto de partida muito mais pode se dizer da missa. Nela, com Cristo, por Cristo e em Cristo, damos graças ao Pai pela presença amorosa e libertadora em nossa história e nos fortalecemos em nossa longa caminhada da vida.

Diretório para a missa com grupos populares, antigo documento da CNBB, onde podemos ler o seguinte: Os catequistas devem se empenhar nessa tarefa, a fim de que as crianças, conscientes de um certo sentido de Deus e das coisas divinas, experimentem, segundo a idade e o progresso pessoal, os valores inseridos na celebração eucarística, tais como: ação comunitária, acolhimento, capacidade de ouvir, bem como a de pedir perdão, ação de graças, percepção da ação simbólicas, das convivências fraternas e da celebração festiva".

Para este público que é tão amado por Deus devemos ter esmero, cuidado e dedicação que leve estes "pequenos " cristãos a conhecer e amar de fato Jesus, o amado de nossas almas.

Outro ponto importante que este documento nos traz é a necessidade de se fazer uma catequese litúrgica onde a criança vai aprender na catequese o que vai vivenciar na missa: "embora, a própria liturgia, por si só ofereça às crianças amplas oportunidades de aprender, a catequese da missa merece um lugar de destaque dentro da catequese, conduzindo-as a uma participação ativa ,consciente e genuína". 


 O que levar em consideração na preparação da missa e na celebração da Palavra com criança

Linguagem apropriada- A linguagem usada na missa deverá levar em conta as crianças, ainda que adultos participem da missa, no entanto não quer dizer que devemos adotar uma linguagem demais infantilizada, reduzido a conceitos e imagens por demais enfandonhos, superficiais, esvaziando, assim, os conteúdos teológicos e espirituais da liturgia. As leituras seguem seguem as traduções do lecionário, o que não impede que uma palavra ou outra seja substituida sem comprometer o texto. Quanto a oração eucarística, há no missal orações apropriadas para a missa com crianças. A missa é com crianças não para crianças, por isso devemos facilitar a participação das mesmas na celebração.

Carisma do animador e presidente da celebração-  O serviço da presidência e animação da missa têm grande importância dentro da celebração da missa com crianças. Animar significa "colocar a alma", tornar a celebração sempre viva e dinâmica, facilitar a participação das crianças. Cabe o animador juntamente com o presidente da celebração conduzir as crianças à escuta atenta da Palavra de Deus, à participação nos cantos e  gestos propostos para a celebração e valorização do silêncio sagrado.
O animador não deve ser um mero "narrador " dos acontecimentos, como quem transmite o jogo de futebol. Evite comentários desnecessários e explicações, que tornam a celebração muito discursiva e pouca orante. Atenha-se a convidar para a oração, fazendo pequenas monições e chamando atenção apenas para alguns fatos relevantes da celebração. A postura orante do animador é um referencial para a assembléia celebrante.
Quanto ao presidente da celebração, esse deve esforçar-se para para aproximar das crianças na linguagem e no afeto. É importante que ele não esqueça que seu ministério litúrgico é central na liturgia e dele depende o bom andamento da missa.

Os variados ministérios litúrgicos- sempre que possível estes ministérios devem ficar a cargo da própria criança, exceto aqueles que são próprios de adultos, como o ministério Extraordinário da Comunhão Eucarístico. As crianças devem ser educadas para a proclamação da Palavra. Devemos ensinar questões básicas de postura, uso do microfone, comunicação com a assembléiae, sobretudo, amor à Palavra que proclamam. Outro ministério fundamental é o da música. Seria de muito valor que se organizassem grupos de crianças que cantassem músicas compostas e gravadas especificamente para crianças que tenham linguagem apropriadas e melodias simples. Outro ministério que deve ser confiados às crianças é o da acolhida, distribuição de folhetos, participação nas procissões. O objetivo é envolvê-las nas celebrações para  ajudá-la a entender, desde cedo, que a missa será proveitosa quanto mais pessoas participarem de forma consciente, ativo e piedoso.

Gestos e simbolos na celebração- O gesto feito com amor é uma oração. O gesto é um importante elemento para oração e expressão de dimensões fundamentais da liturgia: louvor, ação de graça, alegria e perdão. Isso requer um clima de liberdade e educação para expressão corporal. Certos exageros ou repetições torna a missa monótona, enfadonha e até vazia de significado. Quem cuida da animação deve perceber quais gestos que melhor traduzem o jeito de ser daquele determinado grupo e melhor ajudam na oração. Não congstione a liturgia com gestos excessivos mas valorize os mais expressivos.Nem sempre as crianças entendem certos gestos, por isso é necessário uma iniciação para que expressem de fato o que passa na cabeça e no coração das crianças. Quanto aos símbolos é necessário a valorização e acentuar o sentido daqueles que são próprios da missa. Outros possam ser acrescentados deste que não sejam estranho ao universo da criança.

Espaço celebrativo- Para a realização da missa com crianças é necessário um ambiente que favoreça o envolvimento da criança, evitando-se disperções. É necessário um trabalho de acolhita para que as mesmas ocupem os primeiros bancos e não se percam na igreja, o que comprometeria a sua participação. A decoração sóbria, mas sem perder as cores da alegria, agradam as crianças e tornam o ambiente celebrativo, menos árido e mais convidativo à celebração da vida!

Recurso da história/teatros- Este é um excelente recurso para comunicar a mensagem da  Palavra de Deus proclamada na missa. Não substitui a homilia, mas pode enriquecê-la e ilustrá-la. Contar histórias ou encená-las é uma arte, por isso é necessário contar com pessoas preparadas e que tenham dom para tal. Cuidado com histórias ou teatros muito longo pois este pode cansar o ouvinte e disperçar a atenção.


 Esta postagem são dicas que foram retiradas do Diretório para missa com grupos populares e da missa com criança. Não é minha opinião sobre o assunto "o que Jacqueline acha ", mas é aquilo que a Igreja determina. Abaixo está um link onde consta o Diretório para a missa com criança na íntegra, vale a pena estudar!



terça-feira, 29 de maio de 2012

Atividades sobre Pentecostes

Postamos algumas atividades sobre o tema Espírito Santo que encontramos em alguns blogs de catequese.


























domingo, 27 de maio de 2012

Envia teu Espírito Senhor e renova a face da terra- Pentecostes



Neste domingo celebramos uma festa maravilhosa de nossa Igreja: Pentecostes. Esta palavra quer dizer cinquenta.Esta  festa é  comemorada  cinquenta dias após a Páscoa e marca o fim deste tempo tão bonito de nossa Igreja: tempo pascal.
Os povos antigos que trabalhavam na agricultura festejavam esta festa na primeira colheita . Os judeus celebravam Pentecoste como a festa da entrega da Lei de Moisés, e por isso havia muita gente em Jerusalém naquele dia. Os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar porque tinham medo de os judeus os prenderem e matarem por terem seguido Jesus. Enquanto não vem o Espírito Santo, os apóstolos são medrosos e não tem força para testemunhar Jesus. No dia da festa, o vento e o fogo, isto é o hálito da vida, o sopro vital e o calor do amor de Deus, encheram a casa e o coração dos discípulos. Revestidos da força do Espírito do Ressuscitado, eles anunciaram ao mundo as maravilhas que Deus realizou na vida, morte e ressurreição de Jesus.
Como havia muita gente de diversas línguas, o Espírito concedeu povos diferentes e culturas variadas ouvissem a mensagem de Jesus e espalhassem a Boa-Nova de Cristo para fora da cidade e do país.
Pentecostes é contrário de Babel. Em Babel, os homens que construíram uma torre para chegar a Deus. Todos falavam em uma só língua. Mas a ambição e o desejo prepotente os confundiram e eles se dividiram. Em Pentecostes muitas línguas se uniram e criaram unidade que permanece até hoje. Pentecostes não construiu uma ponte até o céu, mas uma ponte, um caminho através do qual Deus vem a nós para podermos ir até Ele.
Após Pentecostes, os apóstolos passaram a anunciar Jesus e a batizar as pessoas que aderiam à fé, tornando-as discípulas de Cristo, seguidora do Evangelho, seguidoras do caminho!
Na Igreja em Pentecostes é realizada a promessa: “Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, Judeia e Samaria, e até os confins da terra”. (At 1,8)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Catequese do Papa Bento XVI 23/05/2012- Espírito Santo nos impulsiona a chamar Deus de Pai


Nesta quarta-feira, 23, o Papa Bento XVI continuou o ciclo de Catequeses sobre a oração, baseada nas Cartas de São Paulo. Aos peregrinos e fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Santo Padre ressaltou que o Espírito Santo “nos ensina a nos dirigir a Deus como filhos, chamando-O de ‘Abbá, Pai’” com a simplicidade, o respeito, a confiança e o afeto de um filho por seus pais.

“Queridos irmãos e irmãs, o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração, com os termos afetuosos de ‘Abbá, Pai!’, como fez Jesus. São Paulo, tanto na carta aos Gálatas como na carta aos Romanos, afirma que é o Espírito que clama em nós ‘Abbá, Pai!’”, ressaltou o Pontífice.
Bento XVI enfatiza ainda que a Igreja acolheu esta invocação, que é repetida na oração do “Pai-Nosso” e “poder chamar Deus de Pai é um dom inestimável”. Ele não é somente o Criador, explica o Papa, mas é quem conhece cada um pelo nome, Aquele que cuida e ama todos imensamente, como ninguém no mundo é capaz de amar.
“Hoje muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na palavra ‘Pai’, dita por nós a Deus na oração. O Espírito Santo ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai. Realmente, sempre que clamamos ‘Abbá, Pai!’, fazemos isso movidos pelo Espírito, com Cristo e em Cristo, e sempre em união com toda a Igreja”, afirma o Papa.
Talvez o homem de hoje, ressaltou o Pontífice, não perceba a beleza, a grandeza e a consolação profunda contida na palavra “pai”, porque a própria figura paterna não seja suficientemente presente e, muitas vezes, suficientemente positiva na vida cotidiana.
“A ausência do Pai, o fato de um pai não ser presente na vida de uma criança é um grande problema do nosso tempo, por isso, torna-se difícil entender na sua profundidade o que quer dizer que Deus é Pai para nós”, salienta.
Na oração, explica ainda Bento XVI, entramos numa relação de intimidade e familiaridade com um Deus pessoal, que quis nos fazer participantes da plenitude da vida, que nunca nos abandona. Na oração, não somente nos dirigimos a Deus, mas entramos numa relação recíproca com Ele. Uma relação em que nunca estamos sós: Cristo nos acompanha pessoalmente, e também a comunidade cristã, com toda a diversidade e a riqueza dos seus carismas, como família dos filhos de Deus.
No final da catequese, o Santo Padre saudou os fiéis e grupos de peregrinos nos vários idiomas, entre eles, os brasileiros.
“Queridos peregrinos de língua portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo de modo particular os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande de Sul, bem como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençôo a vós e às vossas famílias!”, disse o Papa em português.

Fonte: Canção Nova


terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Rita- a santa das causas impossíveis




Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis
Dedicação e amor a Deus talvez sejam as qualidades que mais definam o caráter de Santa Rita de Cássia; essa mulher humaníssima agüentou como poucos a “tragédia da dor e da miséria, moral e social”.

Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381.
Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade provavelmente casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia.
Conta uma história que, certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas.
Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.

O CASAMENTO FORÇADO E INFELIZ.


Foi num lar católico que Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa, e a ensinaram a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado.Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se cassasse.Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com um jovem rapaz da religião, tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa”, chamado Paulo Ferdinando.Rita foi obediente, casou-se. Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido.Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão.Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus.A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. Rita feliz, agradeceu a graça recebida.Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres.

SOFRIMENTO DESDE JOVEM.

Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos.Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos, e influenciados por amigos, planejaram vingar a morte do pai.Rita, ao saber do desejo dos filhos Rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não fossem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram.A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando.

A SOLIDÃO NO MUNDO.
Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres.Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Provavelmente, por ser viúva e não ser mais virgem. As irmãs tinham medo também dos inimigos de Paulo Fernando, já que eles continuavam a ameaçar Rita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Rita vivia em casa, sozinha.

MOSTEIRO DAS IRMÃS AGOSTINIANAS
Vivendo em casa, Rita vivia como se estivesse no mosteiro.Num dia, a noite em profunda oração, ouviu um chamado: "Rita! Rita!". Abriu a porta e eram três homens que foram à sua casa. Ao acolhe-los, ela os reconheceu. Eram os seus três santos protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino.Levantou-se e seguiu seus santos protetores. Era noite, e a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então a levaram no interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia. Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada.As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasma com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus que destinava à vida religiosa, a recebera na Ordem. Há quem veja o acontecimento afirmado que, ao ser aceita no mosteiro, Rita atribuiu a graça aos seus santos protetores.No mosteiro, Rita mostrou-se serviçal e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Mesmo no mosteiro, continuou a sair para visitar os enfermos e os pobres. Enfrentou dificuldades e tentações; a tudo superou na força da fé.

OBEDIÊNCIA TAMBÉM NO CONVENTO.

Consciente de que obedecendo à superiora, obedeceria a Jesus.Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas.



O ESPINHO DA COROA DE JESUS.

A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua fronte, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo.

CURAS E PEDIDOS.

O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Rita. Muitos Ian até ela e pediam a sua intercessão, e eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região.

A PEREGRINAÇÃO A ROMA.

Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias - perdão de todos os pecados - mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. Diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Jesus que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares sagrados (igrejas). A viagem foi difícil, em parte feita a pé. Rita em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão diante de Deus.

O ENFRAQUECIMENTO DO CORPO.

Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.

O MILAGRE DA ROSA.

Já no leito de morte uma parente de Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade.

A MORTE DE SANTA RITA.

Com o corpo debilitado pela falta de alimento, Rita pediu o Viático e recebeu a Unção dos Enfermos. O tempo todo tinha, sobre o peito, um crucifixo. Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento.

CORPO DE SANTA RITA APÓS A MORTE.
Uma grande multidão acorreu ao oratório do mosteiro, para velar o seu corpo. No local da ferida, apenas a marca do que fora o sinal provocado pelo espinho. Todos olhavam para ela admirados, e louvavam a Deus. Já era tida como santa pelo povo. Rita não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transladado para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicado a ela. O seu corpo permanece intacto.

OS MILAGRES.
Muitos fatos extraordinários e milagres de Deus são atribuídos à intercessão de Santa Rita, conhecida como a SANTA DOS IMPOSSÍVEIS.São muitas as pessoas que visitam a capela onde Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas.

A DEVOÇÃO MUNDIAL
A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem a Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela.

A CANONIZAÇÃO DE SANTA RITA.

Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.

SOCIEDADE DAS OBRAS DE CARIDADE

Um ano após a canonização de Rita, o padre Salvador Font, da Ordem dos Agostinianos, fundou a Sociedade das Obras de Caridade de Santa Rita. São senhoras que recolhem donativos e costuram roupas com as próprias mãos, para depois oferecê-las aos enfermos e pobres. São imitadoras e discípulas de Santa Rita.

AS LIÇÕES DEIXADAS POR RITA.

Eis algumas dentre muitas outras lições que podemos tirar da vida de Santa Rita de Cássia:
1. Ela colocou a vontade de Deus acima de tudo;
2. Ela foi perseverante na oração e no perdão;
3. Ela sempre esteve a serviço dos enfermos e dos pobres;
4. Ela foi fiel à Igreja;
5. Ela amou a sua família;
6. Ela transformou o sofrimento em amadurecimento humano e espiritual;
7. Ela praticou o jejum como caminho para a doação ao próximo e como comunhão com Deus;
8. Ela alimentava-se da Eucaristia, de onde tirava coragem e força;
9. Ela acreditou no amor de Deus em todos os momentos da vida e, Ela nunca se cansou de interceder por aqueles que pediam a sua intercessão.

“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana” (João Paulo II, no centenário da canonização de Santa Rita de Cássia).