quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Como é feita a escolha de um Papa

Com a renúncia do Papa Bento XVI a Igreja se reúne para a escolha de um novo Papa . Mas como ocorre a escolha do sucessor de Pedro?



A escolha do novo Papa é feita através de um conclave, que é uma reunião fechada onde os cardeais se desligam de tudo para discernir, através da oração , qual é a vontade de Deus para quem deve assumir a Igreja. A escolha é feita pelos cardeais com menos de 80 anos, que dentro de no máximo 20 dias deve começar. Naturalmente, Deus já tem o escolhido, eles apenas descobrem, através de muita oração, aquele que Deus já escolheu para essa missão. A eleição é feita por votação.
Esta palavra (Conclave) aparece pela primeira vez num documento do papa Gregório X (1271-1276), no II Concílio de Lion, Julho de 1274. O título do documento era •Ubi periculum.• (Quando houver algum perigo). Tentando diminuir tal interferência de pessoas estranhas, ele ordenou que os cardeais fossem fechados na sala com chave – “Conclave”. E tem sido assim desde então.A escolha é feita pelos cardeais com menos de 80 anos, que dentro de no máximo 20 dias deve começar. Naturalmente, Deus já tem o escolhido, eles apenas descobrem, através de muita oração, aquele que Deus já escolheu para essa missão. A eleição é feita por votação.Caso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde. Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão, dentre outros.
Eles se reúnem e é necessário que se tenha 2/3 de aprovação para que esta eleição seja aceita e validada. Após três dias de votações sem resultado, ocorre uma suspensão de um dia para uma “pausa de oração”. Em seguida, as votações voltam a ser realizadas e, se ainda assim o pontífice não for escolhido, será efetuado outro intervalo, seguido por sete tentativas.Enquanto a decisão ainda não foi tomada, as cédulas de votação são queimadas numa lareira junto com palha úmida, produzindo no Vaticano uma fumaça preta que indica que o processo continua em andamento. A fumaça branca, produzida coma a queima apenas das cédulas, indica que o novo papa foi escolhido.

 
Uma vez eleito o carmelengo pergunta se ele aceita. A partir do momento que o futuro papa aceita e escolhe o seu novo nome, ele é revestido de toda autoridade perante a Igreja. A aceitação dele é a consagração da função, mas ele poderia recusar.
A tradição de os Papas adotarem um novo nome data de 533, quando um padre chamado Mercúrio foi eleito bispo de Roma. Por achar que Mercúrio era um nome pagão demais para um Papa, adotou João II. Até então os Papas eram simplesmente chamados por seu nome de batismo. Lembro ainda que foi o papa João Paulo, em 1978, o primeiro a utilizar um duplo nome. Por ser um grande amigo e admirador, o seu sucessor, continuou esse procedimento, assumindo como João Paulo II.
Procede-se depois a uma curta procissão até uma janela da Basílica de S. Pedro que dê para a Praça, onde o novo Sumo Pontífice é revelado e faz a sua primeira bênção: Urbi et Orbi. Minutos antes, o cardeal mais velho anunciará o que é esperado: Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam (Anuncio-vos uma grande alegria: Temos Papa), dando o nome de batismo e o nome adotado pelo novo papa.
Após esse momento, os sinos da Basílica de São Pedro começam a soar, e a seguir os das igrejas de todo o mundo..
Do Brasil, cinco cardeais poderão participar do conclave: Dom João Braz de Aviz, Dom Claúdio Hummes, Dom Odilo Pedro Scherer, Dom Geraldo Majella Agnelo, Dom Raymundo Damasceno.

 

A última Catequese do Papa Bento XVI em seu pontificado

Hoje será postado  a última catequese de nosso amado Papa Bento XVI, agora Papa Emerito. Durante este tempo em que Bento XVI ficou no comando de nossa Igreja ele se mostrou um homem sábio, fiel aos ensinamentos da Igreja e firme em suas decisões e posições tomadas perantes temas tão polêmicos. Em uma decisão de coragem e humildade ele renunciou ao cargo de chefe visível da Igreja mas com certeza continuará a orar por toda a humanidade a quem ele sempre demonstrou tanto amor.
 
 
 
Brasao_BentoXVI
Catequese
Praça São Pedro
Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
 
 
Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.
Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.
Como o apóstolo Paulo no texto bíblico que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.
Sinto levar todos na oração, um presente que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col 1,9-10).
Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria.
Quando, em 19 de abril há quase oito anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza, que nada pode ofuscá-la. E é por isto que hoje o meu coração está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.
Estamos no Ano da Fé, que desejei para reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o amemos!
Mas não é somente a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja, ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.
Gostaria que a minha saudação e o meu agradecimento alcançasse todos: o coração de um Papa se expande ao mundo inteiro. E gostaria de expressar a minha gratidão ao Corpo diplomático junto à Santa Sé, que torna presente a grande família das Nações. Aqui penso também em todos aqueles que trabalham para uma boa comunicação, a quem agradeço pelo seu importante serviço.
Neste ponto gostaria de agradecer verdadeiramente de coração todas as numerosas pessoas em todo o mundo, que nas últimas semanas me enviaram sinais comoventes de atenção, de amizade e de oração. Sim, o Papa não está nunca sozinho, agora experimento isso mais uma vez de um modo tão grande que toca o coração. O Papa pertence a todos e tantas pessoas se sentem muito próximas a ele. É verdade que recebo cartas dos grandes do mundo – dos Chefes de Estado, dos Líderes religiosos, de representantes do mundo da cultura, etc. Mas recebo muitas cartas de pessoas simples que me escrevem simplesmente do seu coração e me fazem sentir o seu afeto, que nasce do estar junto com Cristo Jesus, na Igreja. Estas pessoas não me escrevem como se escreve, por exemplo, a um príncipe ou a um grande que não se conhece. Escrevem-me como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido de uma ligação familiar muito afetuosa. Aqui pode se tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!
Nestes últimos meses, senti que as minhas forças estavam diminuindo e pedi a Deus com insistência, na oração, para iluminar-me com a sua luz para fazer-me tomar a decisão mais justa não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo na plena consciência da sua gravidade e também inovação, mas com profunda serenidade na alma. Amar a Igreja significa também ter coragem de fazer escolhas difíceis, sofrer, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio.
Aqui, permitam-me voltar mais uma vez a 19 de abril de 2005. A gravidade da decisão foi propriamente no fato de que daquele momento em diante eu estava empenhado sempre e para sempre no Senhor. Sempre – quem assume o ministério petrino já não tem mais privacidade alguma. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. Sua vida vem, por assim dizer, totalmente privada da dimensão privada. Pude experimentar, e o experimento precisamente agora, que se recebe a própria vida quando a doa. Antes disse que muitas pessoas que amam o Senhor amam também o Sucessor de São Pedro e estão afeiçoadas a ele; que o Papa tem verdadeiramente irmãos e irmãs, filhos e filhas em todo o mundo, e que se sente seguro no abraço da vossa comunhão; porque não pertence mais a si mesmo, pertence a todos e todos pertencem a ele.
O “sempre” é também um “para sempre” – não há mais um retornar ao privado. A minha decisão de renunciar ao exercício ativo do ministério não revoga isto. Não retorno à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas estou de modo novo junto ao Senhor Crucificado. Não carrego mais o poder do ofício para o governo da Igreja, mas no serviço da oração estou, por assim dizer, no recinto de São Pedro. São Bento, cujo nome levo como Papa, será pra mim de grande exemplo nisto. Ele nos mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus.
Agradeço a todos e a cada um também pelo respeito e pela compreensão com o qual me acolheram nesta decisão tão importante. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja com a oração e a reflexão, com aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que busquei viver até agora a cada dia e que quero viver sempre. Peço-vos para lembrarem-se de mim diante de Deus e, sobretudo, para rezar pelo Cardeais, chamados a uma tarefa tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro: o Senhor o acompanhe com a sua luz e a força do seu Espírito.
Invoquemos a materna intercessão da Virgem Maria Mãe de Deus e da Igreja para que acompanhe cada um de nós e toda a comunidade eclesial; a ela nos confiemos, com profunda confiança.
Queridos amigos! Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão de fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo a nós e nos acolhe com o seu amor. Obrigado!
 
 
 
 
BENTOXVI_assinatura

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nota da CNBB sobre a renúncia do Papa Bento XVI

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota  sobre o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI feito na manhã de hoje.

Brasília, 11 de fevereiro de 2013
P. Nº 0052/13

“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Logo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.
A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.
Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.
Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.
Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Trajetória do Papa Bento XVI

Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, foi eleito em 19 de abril de 2005, após a morte do Papa João Paulo II, assumindo o posto mais alto da Igreja Católica aos 78 anos. Nesta segunda-feira (11), aos 85 anos, ele anunciou que vai renunciar no dia 28 de fevereiro de 2013.
 
papabento
 
Bento XVI nasceu em Marktl am Inn, município do estado da Bavária, na Alemanha, e cresceu durante o período em que o regime nazista ganhou força na região. Sua participação na Juventude de Hitler durante a adolescência gerou polêmica após sua eleição.Ratzinger tem extensa carreira como estudioso das doutrinas católicas, tendo lecionado sobre teologia e dogma em diversas universidades, principalmente na Alemanha.Ratzinger defende e reafirma a doutrina Católica, até mesmo lecionando sobre temas como controle de natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso, todos de forma conservadora. Apesar do discurso de internacionalidade da Igreja, o novo Papa intensificou a rigidez moral.
Ratzinger é o oitavo Papa alemão. Considerado o braço direito de João Paulo II e com muitas opiniões semelhantes, ele era o favorito quando foi eleito devido a suas posições conservadoras, sua influência e trajetória na Igreja, seu conhecimento de idiomas e seus estudos, além de sua idade.Apesar de suas posições conservadoras, ele buscou se atualizar, aderindo ao Twitter em dezembro de 2012. Sua primeira mensagem na plataforma foi "Queridos amigos, me uno a vocês com alegria por meio do Twitter. Obrigado por sua generosa resposta, abençoo a todos de coração", em várias línguas.No domingo (10), ele postou a mensagem: “Devemos confiar no poder da misericórdia de Deus. Somos todos pecadores, mas Sua graça nos transforma e renova”. É o post mais recente no seu perfil no Twitter até a manhã desta segunda-feira (11).
 
Trajetória
Joseph Ratzinger nasceu no dia 16 de Abril de 1927, o mais novo de três irmãos, na diocese de Passau, e foi batizado no mesmo dia. Seu  pai vinha de uma família de agricultores e sua mãe, filha de artesãos, havia trabalhado como cozinheira antes do casamento. Seus primeiros anos de vida, até a adolescência, foram passados em Traunstein, perto da fronteira com a Áustria. Foi na região que o futuro Papa começou sua formação cristã e cultural.
O Papa entrou no seminário preparatório em 1939, mas não conseguiu evitar as consequências do nazismo. Ele chegou a ser membro da Juventude de Hitler na adolescência, quando fazer parte do grupo se tornou mandatório, em 1941.
 Em 1943, no fim da Segunda Guerra Mundial, Ratzinger e seus colegas de seminário foram convocados para os serviços auxiliares antiaéreos. Ele não chegou a participar das batalhas devido a uma infecção em um dos dedos, que não permitiu que ele aprendesse a atirar.
 O Papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido prisioneiro de guerra por alguns meses. Após ser libertado, no mesmo ano, Ratzinger voltou para o seminário na Universidade de Munique e foi ordenado padre em 29 de junho de 1951. Em 1953, ele obteve seu doutorado em teologia na mesma universidade, com a tese “Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho”.
 Em 1957, foi aprovado na habilitação para ser professor e começou a lecionar teologia em Freising, em 1958. O Papa se tornou professor da Universidade de Bonn em 1959. Ele também foi professor da Universidade de Muenster, entre 1963 e 1966, e lecionou teologia dogmática na Universidade de Tübingen – de onde, após protestos de estudantes, saiu em 1969 e seguiu para a Universidade de Regensburg. Lá, ocupou o cargo de vice-reitor.
O último Papa também recebeu diversos títulos de doutor “honoris causa”: no College of St. Thomas em St. Paul, nos Estados Unidos; pela Universidade Católica de Eichstätt; pela Universidade Católica de Lima; pela Universidade Católica de Lublin; pela Universidade de Navarra; pela Livre Universidade Maria Santíssima Assunta, de Roma, em 1999; e pela Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw.
Trajetória na Igreja Católica
Paralelamente aos trabalhos como professor de teologia, Ratzinger já contribuía para a Igreja Católica como perito do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965. Ele também foi consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colónia. Por suas ideias era visto na época como um reformista. Com uma intensa atividade acadêmica e científica, o futuro Papa teve importantes cargos na Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional.
Em 25 de Março de 1977, ele foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising pelo Papa Paulo VI. Recebeu a sagração episcopal em 28 de maio de 1978, e se tornou o primeiro sacerdote diocesano a assumir o governo pastoral da arquidiocese bávara em 80 anos.
Seu lema episcopal foi “Colaborador da Verdade”. Em 27 de junho do mesmo ano, se tornou cardeal. Em agosto de 1978, participou do conclave que elegeu João Paulo I como o novo Papa. Ele também participou, em outubro do mesmo ano do conclave que elegeu João Paulo II, após a morte repentina de João Paulo I.
O novo Papa o ordenou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé – órgão que substituiu o tribunal da Inquisição, e do qual foi guardião por 23 anos - e Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional em 1981. Em 1982, Ratzinger renunciou ao governo pastoral da arquidiocese de Munique.Por seis anos, Velletri-Segni foi presidente da comissão encarregada de preparar o Catecismo da Igreja Católica, apresentando o novo Catecismo a João Paulo II em 1992.
Em 1998, foi eleito vice-decano do Colégio Cardinalício. Em 2002, se tornou membro honorário da Academia Pontifícia das Ciências. Em 2002, sua eleição para Decano foi aprovada.
 
Eleição
Após a morte de João Paulo II em 2 de abril de 2005, o Colégio de Cardeais se reuniu em um conclave para eleger o novo Papa. Cardeais de todo o mundo foram a Roma para a reunião, que começou no dia 18 de abril. No dia 19 Ratzinger foi anunciado como o novo Papa.
Durante o conclave, os cardeais ficaram dentro do Vaticano e não puderam ter acesso ao telefone, rádio ou à televisão. Na época, havia 117 cardeais com menos de 80 anos, autorizados a votar no novo Papa. Dois foram ausentes, e 115 participaram do conclave.
Foram necessárias quatro votações para que um único nome recebesse mais de dois terços dos votos. Na noite do dia 18, após uma primeira votação, a chaminé da Capela Sistina soltou uma fumaça preta, indicando que não houve um consenso sobre o nome do novo Papa.
Na Praça São Pedro, fiéis não conseguiram identificar a cor da fumaça, e chegaram a achar que ela era branca, o que representaria a escolha do Papa. Na manhã do dia 19, os cardeais fizeram duas novas votações a portas fechadas, e novamente a fumaça preta saiu da chaminé da Capela.
Apenas no fim da tarde do dia 19, após um a quarta votação, a chaminé soltou uma fumaça branca, indicando que o Papa havia sido escolhido. Novamente, houve uma confusão, e a cor da fumaça não foi identificada prontamente. Pouco depois, os sinos do Vaticano soaram, confirmando uma resolução.
Depois de 45 minutos, o nome de Ratzinger foi anunciado, e ele apareceu na varanda da Basílica de São Pedro, de onde fez o seguinte pronunciamento:
“Amados Irmãos e Irmãs,
Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor.
Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações.
Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está conosco. Obrigado!” papa bento xvi
Ratzinger optou por adotar o nome papal de Benedicto XVI – traduzido em português para Bento XVI. Bento XVI foi formalmente instalado como Papa em 24 de abril de 2005, com uma grande missa celebrada na Praça São Pedro. Durante seu discurso, o Papa chamou pelos judeus e pediu uma maior união entre todas as doutrinas cristãs. A missa, realizada a céu aberto, reuniu líderes de estado de todo o mundo e cerca de 500 mil católicos.
O novo Papa disse que seu principal papel era o de apresentar um programa de governança para a Igreja e perseguir suas próprias ideias, ouvindo a voz de Deus e sendo guiado por ela.
Papado
Conhecido por suas visões rígidas sobre os dogmas do Catolicismo, Bento XVI buscou uma imagem de um Papa mais inclusivo.
Desde o início de sua trajetória na Igreja Católica, ele se posicionou contra a homossexualidade e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, o que se manteve durante seu papado. As declarações mais fortes sobre o assunto foram dadas no início de 2012, quando o Papa afirmou que o casamento homossexual é uma das várias ameaças atuais à família tradicional, pondo em xeque "o próprio futuro da humanidade".
Em dezembro de 2012, ele afirmou que o aborto, o casamento gay e a eutanásia colocam em perigo a paz.
Ainda em 2005, ele aprovou um documento proibindo a admissão de homossexuais em seminários. Em 2007, participando de uma conferência internacional da Pastoral da Saúde, ele reiterou sua posição contra a eutanásia. Em 2008, o pontífice ressaltou sua posição contra o aborto, os métodos contraceptivos e os métodos artificiais de fertilização.
Apesar das posições conservadoras, Bento XVI tentou se aproximar das outras religiões, realizando encontros com líderes de outras religiões e tentando buscar pontos em comum entre as doutrinas.
Mesmo assim, causou desconfortos ao, em 2006, falar sobre a posição do imperador bizantino Manuel II Paleólogo sobre os laços entre o Islã e a violência, irritando muçulmanos. Em 2007, ele disse que a Igreja Católica é a “única verdadeira” e a “única que salva”, irritando os protestantes.
Em março de 2009, a caminho da África, o Papa declarou que não se podia "resolver o problema da Aids com a distribuição de preservativos". "Ao contrário, isso agrava o problema". Houve uma repercussão muito negativa de políticos e associações civis.
 O levantamento da excomunhão de quatro bispos fundamentalistas, entre eles o negacionista Richard Williamson, foi motivo de uma grande controvérsia, em janeiro de 2009. A decisão de retomar o processo de beatificação de Pio XII, acusado de ter guardado silêncio durante o Holocausto, também não ajudou a aumentar sua popularidade.
O Papa também se envolveu em algumas polêmicas políticas. Em 2009, o cardeal Raffaele Martino causou polêmica ao dizer que Israel havia transformado a Faixa de Gaza em um campo de concentração. O governo de Israel se irritou com o posicionamento.
Durante seu pontificado, Bento XVI nomeou 90 novos cardeais, em cinco consistórios até 2012.
 
 
Atentados
O Papa sofreu dois grandes incidentes que lhe causaram algum risco. Em 2007, um alemão conseguiu ultrapassar o bloqueio de segurança na Praça São Pedro, saltando sobre uma barricada para tentar entrar no veículo que transportava o Papa. Bento XVI circulava entre os fiéis.
Os guardas de segurança que acompanham a pé o Pontífice durante o percurso foram imediatamente até o homem, impedindo que entrasse no veículo, ao qual tinha se agarrado, e o imobilizaram no chão. O Papa não percebeu a confusão.
O homem foi levado para um centro médico, interrogado pela segurança do Vaticano e depois entregue à polícia.
 Em 2009, uma mulher identificada como Susanna Maiolo, de 25 anos, ultrapassou a segurança na Basílica de São Pedro e puxou o Papa, derrubando-o ao chão, durante a Missa do Galo.
Na confusão, também caiu no chão o cardeal francês Roger Etchegaray, de 87 anos. Ele quebrou uma parte do fêmur e precisou passar por uma cirurgia.
 O Papa caiu rapidamente, mas foi auxiliado e se levantou logo em seguida. Bento XVI não teve ferimentos sérios e continuou a celebração após o susto. A mulher foi detida e encaminhada a um hospital, onde foi internada na ala psiquiátrica.
Um ano antes, em 2008, a mesma mulher havia tentado ultrapassar as barreiras de segurança, mas foi detida antes de chegar ao Papa.
Visita ao Brasil
Bento XVI visitou o Brasil em maio de 2007, entre os dias 9 e 13, para dar início à 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida, no interior de São Paulo. Foi nesta ocasião que Frei Galvão foi canonizado, tornando-se Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil.

“Devemos confiar no poder da misericórdia de Deus.
Somos todos pecadores, mas Sua graça nos transforma e renova”.
Bento XVI

Diretório da missa com crianças

 
 
Em várias lugares vemos o esforço de sacerdotes, catequistas, catequizandos, agentes de pastoral litúrgicas em implantarem em suas comunidades a missa com crianças. Sem dúvida nenhuma este é um grande desafio: adequar a celebração litúrgica a este público que é tão especial ao coração de Deus .
 
Pensando neste desafio e na necessidade de adequar as normas litúrgicas a este público temos em nossas mãos o Diretório da missa com crianças. O Diretório já existe há três décadas, mas ainda é pouco conhecido. Ao longo desse tempo, vemos experiências que derem certo, outras exageradas, outras que caíram no desânimo. Tudo o que fazemos hoje em nossas comunidades está dentro deste contexto, faz parte de uma história que nos precede e nos envolve.
 
Contexto:
 
A década de 60 foi a grande década que deu inicio à promoção de uma nova mentalidade que revolucionária todos os segmentos da sociedade. E a Igreja foi uma prova viva disso. O sopro restaurador da novidade permanente do Evangelho da salvação veio com o Concíclio Vaticano II. O Espírito Santo, através do Papa João XXIII, convocou toda Igreja para uma renovação. O Concílio não inventou nada, mas redescobriu o que era essencial, escondido por trás que pequenas tradições que confundiram a Tradição. Simplificou sem empobrecer, mas colocando bem às claras o que é fundamental. Dentro deste novo modo de ver o mundo, a Igreja se reúne para o Concílio e não se faz alheia ao mundo. Cumpriu seu papel como Sacramento de Salvação para o homem de hoje.

A Eucaristia foi ponto central. E dentro dela alguns fenômenos:
1. Eucaristia celebrada nas casas (O Movimento Familiar Cristão se reunia nas casas num momento bonito de evangelização que culminava com a celebração eucarística).
2. Celebração eucarística ligada às reuniões dos jovens e da catequese que também culminavam com a celebração da Missa (daí vem os termos “Missa das Crianças”, ”Missa dos Jovens”). O que impressionava era o dinamismo e vivacidade da celebração, a princípio sem extravagâncias, mas simplesmente mais adaptada assembleia. A estrutura da Missa era “normal” só a forma externa a fazia parecer diferente. Era preciso que o sacerdote com bem senso litúrgico fosse o ponto de equilíbrio.
É nesse contexto, que a Liturgia da Missa com Crianças, usando conhecimentos fins, como a Psicologia e a Pedagogia, que caminhamos para uma celebração mais virtuosa e mistagógica. A oração é quem diz a fé da comunidade. É a partir do que a Igreja reza e celebra que se conhecerá e se desenvolverá a sua fé.
Chama a atenção que quem vai falar da Eucaristia é a própria Eucaristia. A própria celebração é a fonte da sua compreensão. Não é preciso inventar coisas de fora para dentro, correndo o gravíssimo perigo de inventar um “show” que precisa ser sempre diferente e acabar perdendo o foco do esssencial.
No Concílio Vaticano II a adaptação se refere aos mais diversos setores pastorais e, entre eles, a participação ativa de todos, inclusive das crianças, dentro das suas possibilidadades. Começou a florescer toda uma literatura sobre o tema (as preces eucarísticas, específicas o diretório, outras adaptações...).Requer preparação pedagógica, criatividade e amor. A experiência religiosa na infância é de extrema importância. Esse é um motivo suficiente para revelar a importância do nosso trabalho.
O Diretório surge como uma resposta ao anseio da Igreja de conhecer mais sobre o tema. Não veio “de cima para baixo”, mas a partir de experiências concretas recolhidas de verias partes e bem refletidas para se retirar os exageros.Percebe-se que se deseja com todas essas experiência surgem orações mais acessíveis e um novo lecionário. Em 1966, foi feita uma quarta redação levada a Paulo VI que fez por escrito suas reflexões e, em 1973, o Documento final foi publicado.
 
O Diretório Para Missa com Crianças

O Diretório se desenvolve em três capítulos:
- Como iniciar as crianças na existência cristã e prepará-las para a Eucaristia?
- Como acolher as crianças nas celebrações com adultos?
- Como conduzir a celebração quando a Missa tem na maioria crianças?

Desde o início do texto, um embasamento da Psicologia garante que a criança é capaz de participar por envolvimento do mundo dos adultos.Progressivamente seu desejo de compreender e participar de uma maneira mais completa. Daí vale ressaltar a atitude da família, insubstituível na transmissão da fé e do espírito celebrativo. Não são necessárias grandes explicações sobre o mistério que se celebra, mas sim grande acolhida e envolvimento.
Mais do que suscitar uma prática religiosa regular nosso objetivo deve ser que a Eucaristia seja o centro das nossas vidas. Criar uma comunicação lúdica e orante e sair da mentalidade “escolar” devem ser metas da Liturgia e da Catequese, que estão intimamente unidas. A fonte da Catequese é a Liturgia, que celebra o conteúdo da fé. E é na Catequese que se aprende a celebrar.
É preciso criar condições para que a criança viva a sua fé. Como dissemos, a começar pelos pais, depois o celebrante, os catequistas, a comunidade. Alguns pontos se fazem notar: iniciar a criança no valor do silêncio não como hiato vazio, mas como momento precioso para acolher a palavra de vida; introduzir a criança no canto; valorizar a celebração da Palavra.
Por outro lado, o Diretório enfatiza também que a Catequese precisa ter também uma dimensão humana: aprender valores, saber conviver com os outros, agradecer, pedir perdão.... atitudes que também são exercitadas na celebração.
Nas celebrações com adultos a criança não deve ficar em “quarentena”, pois ela tem o direito de ser introduzida na vida litúrgica da comunidade. Sua participação requer uma atenção especial.
Na terceira parte do Diretório, vê-se que não se trata de ocupar as crianças durante a Missa para que não se distraiam, mas sim de ajudá-las a celebrar e viver a fé. O padre deve evitar um discurso muito pueril, mas também muito rebuscado. Quanto aos adultos presentes, eles estão ali para rezar junto com as crianças e não para fiscalizá-las. Celebrar com as crianças é ir com elas ao encontro do Senhor que se nos reúne, nos revela, se nos oferta e se nos dá na Sagrada Comunhão.
O Diretório se mostra em alguns aspectos reservado e em outros, aberto. Não podemos nos esquecer de que celebramos o maior acontecimento da nossa fé: não é mera lembrança, é atuação na vida presente de cada um de nós. Cada um acolherá esse mistério dentro de suas possibilidades. Assim, toda a preparação deve girar em torno disso. A música vocal e instrumental bem preparada e adaptada é de grande importância: a melodia não deve se sobrepor à letra, nem os instrumentos à voz, nem o coral à assembléia. Não basta assistir, é preciso participar, ou seja, fazer parte.
O uso de imagens e símbolos visuais é também ponto de destaque, que precisam ser usados. Que nada se imponha, mas que esteja a serviço do essencial. O espaço também contribui para a melhor participação.
Pode-se dizer que a Igreja nunca se interessou tanto na integração das crianças na Liturgia. É preciso prepará-las, iniciá-las. Todas as comunidades se ocupam sobre esse tema. Adaptação, porém, não significa improvisação: minha criatividade deve estar subordinada ao meu bom conhecimento das orientações da Igreja. A Missa é uma só, mas terá uma preparação especial voltada para o público infantil, sem reduzir a celebração somente à elas. Caso contrário, será uma celebração tão infantil que, depois de passar de determinada faixa etária, não mais se interessará por ela.
O importante agora, é unirmos nossa experiência valiosa de dedicação de todos para nos integrarmos mais e nos sentimos membros participantes desse processo histórico, trazendo como originalidade a consciência do que deu certo ou não e a novidade de fazer viver o projeto, o intento do Diretório com as crianças de hoje da nossa comunidade, de tal maneira que elas se sintam bem na celebração e possam viver e rezar sua fé.
 
(Texto baseado na palestra do Cônego Antônio José de Moraes sobre o Diretório da missa com crianças)

Diretório da missa com crianças

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Missa com crianças- 1º domingo da Quaresma- Jesus vence a tentação no deserto

Gif de borboletaNo dia 17 de fevereiro a Catequese Santo Antônio retornou depois de um mês de férias para a celebração da missa com crianças. Celebramos a missa do 1º Domingo da Quaresma que teve como tema: Jesus vence as tentações.

Nesta celebração buscamos através das dinâmicas utilizadas conscientizar as crianças que com a ajuda de Deus podemos a exemplo de Jesus vencer as tentações. A missa foi presidida pelo pároco Pe. José Carlos de Oliveira, a animação foi feita pelo ministério de música da catequese juntamente com Erasmo Carlos e as leituras, acolhida e procissão pelos catequizandos da comunidade Santo Antônio. Na ocasião foi feita a apresentação de Davi, um novo membro da comunidade. Foi um momento abençoado, veja algumas fotos:



 
 
 
 
  
  
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 

 
Agradecemos a todos que contribuíram para que a missa com as crianças fosse realizada. Muito obrigada!
 
 
 
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Atividades sobre a Quaresma

GifPostaremos algumas sugestões de atividades sobre a Quaresma- este tempo lindo que a nossa Igreja vive!
 
Retiramos estas sugestões de vários blogs na Internet...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sugestões de como as crianças da catequese podem viver bem a quaresma

Para as crianças fazerem em cada um dos 40 dias da quaresma, se esforçando assim para ser cada vez melhores. Não é nessessário fazer na ordem em que está.
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Pedir perdão quando fizer alguma coisa errada
2- Participar da missa com alegria
3- Alegrar alguém que esteja triste
4- Portar-me bem na missa
5- Saudar a todos os meus colegas ( não só os meus amigos)
6- Ajudar a quem precisa de ajuda
7- Aceitar a todos como são
8- Pedir conselho aos mais velhos
9- Ser gentil
10- Arrumar bem o meu quarto
11- Ter paciência com todos
12- Lembrar de Jesus (falar com ele em oração)
13- Fazer os deveres com boa vontade
14- Ser obedientes ao papai, mamãe e mais velhos
15- Pedir "por favor"
16- Visitar as pessoas doentes de meu bairro
17- Obedecer sem reclamar
18- Rezar a ave-Maria
19- Ler a Bíblia
20- Desligar a TV e o computador e se dedicar em outras coisas
21- Deixar de comer chocolate e bala
22- Arrumar o quarto
23- Falar de Jesus para as pessoas
24- Chamar as pessoas para participar da missa
25- Não falar mentiras
26- Não chingar palavrões
27- Brincar com os amigos e irmãos sem brigar
28- Emprestar os brinquedos para os outros, principalmente para as crianças que não tem
29- Doar comida, roupas e brinquedos que não usa mais para as pessoas que não tem
30- Rezar o terço
31- Perdoar os que nos ofendem
32-Ser alegre e sorrir para todos
33- Participar da missa e não apenas assistir
34- Pedir a "benção" ao papai e a mamãe
35- Visitar Jesus no Santíssimo
36- Não desperdiçar alimentos, pois muitas pessoas não tem o que comer
37- Dizer o quanto ama Jesus 
38- Dizer palavras bonitas para o papai e a mamãe
39- Visitar o sacerdote de sua paróquia
40- Estudar mais sobre os ensinamentos da catequese 
 

Sugestões retiradas do blog da Tia Paula ( algumas sugestões foram modificadas visando adequar a realidade de nossos catequizandos).