sábado, 4 de agosto de 2012

São João Maria Vianney- patrono dos párocos

Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os vigários, conhecido por Cura D'Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela Revolução Napoleônica. Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua consagração, chegou a ser um desertor do exército, pois não conseguia "acertar" o passo com o seu batalhão.





João Maria Vianney nasceu em 08 de maio de 1786 em Dardilly, perto de Lion, filho de Mateus e Maria Beluze. Sua infância foi marcada pelos acontecimentos trágicos da revolução francesa. Em 1799, recebeu a Primeira Comunhão clandestinamente em uma casa particular e de sua própria mãe,a instrução religiosa.Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade).
João Maria Vianney, ajudado por um antigo e amigo vigário, conseguiu tornar-se sacerdote e aceitou ser pároco na pequena aldeia "pagã", chamada Ars, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias; tanto assim que suspirou o Santo: "Neste meio, tenho medo até de me perder". Ele lá chegou como um bom filho de São Francisco, humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres e logo tentou conquistar aquelas almas. 0 espírito franciscano que havia assimilado na Ordem Terceira da Penitência, o sustentou e o guiou no ministério pastoral.Dentro da lógica da natureza vem o medo; mas da Graça, a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local como também ao de fora no Sacramento da Reconciliação. Dessa forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um Confessionário alimentando-se de batata e pão).

O Santo Cura D’Ars nunca saiu ao vestíbulo para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longo tempo em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite. Ainda que detraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a acudir e vendo o Pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. Antes de dois anos Ars converteu-se em caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.
O sacerdote tardio de inteligência, que no primeiro momento não havia tido licença para exercer o ministério da confissão, converteu-se no confessor dos mais obstinados pecadores, e em Ars encontraram a luz da fé. Os peregrinos acorriam antes de amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia:“Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu”, havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. O caminho do céu ele havia indicado a milhares de almas, e também se mostrou àquele pastorzinho, que pouco dias depois da morte de seu Pároco o alcançou no céu.
O Santo morreu em 4 de agosto de 1859, aos 73 anos.Portanto, São João Maria Vianney,  tornou-se para o povo não somente exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a visita dos peregrinos – mas principalmente, e antes de tudo, exemplo de santidade, de dedicação e perseverança na construção do caminho da salvação e progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois, como padre teve tudo de homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.

São João Maria Vianney, rogai por nós!

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