sábado, 7 de abril de 2012

Páscoa judaica


A páscoa ficou conhecida como o nascimento da liberdade do povo judeu. Deus queria a libertação de seu povo, que não era aceita pelo faraó do Egito. Como forma de puni-lo, Deus exterminou todos os filhos primogênitos das famílias egípcias, inclusive o filho do faraó, que se revoltou e ordenou que seus soldados matassem o povo judaico.
Assim, a páscoa ganha o sentido de libertação diante da morte, quando na fuga desse povo, Moisés abre o mar vermelho, com seu cajado, tornando possível a passassem dos hebreus para o lado da Terra prometida.
O termo páscoa tem origem do hebraico (Pessach), que significa passagem, estando também relacionado às celebrações pagãs da passagem dos períodos entre o inverno e a primavera.
Sendo uma festa familiar, um dia antes de sua comemoração é feita uma limpeza nas casas, tirando tudo aquilo que pudesse prejudicar os princípios judaicos. A principal celebração feita pelos povos judeus é o jantar em família (Seder), onde aparecem os alimentos que têm grande importância na cultura desse povo. Esse jantar serve ainda para ensinar as gerações mais novas a “Torah”, sobre os três principais alimentos da refeição: o cordeiro, os pães e as ervas amargas. 
O cordeiro (pesah) "é o sacrifício da páscoa de Jahwé, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou nossas casas." (Ex 12,27).

O pão ázimo (matsah) que foi feito às pressas, antes da fuga do Egito, "E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque ela não tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não puderam deter-se, nem haviam preparado comida." (Ex. 12,39), ensinando às novas gerações que assim como o fermento enche o pão de ar, tornando-o imperfeito, que este também causa ao homem as imperfeições morais e negativas, tornando-o cheio de vaidades e vazios.
Nesta noite, a mesa é surpreendente. Há lugar para o pão sem fermento (Matzah), vinho, e pequenas tigelas com água salgada ou vinagre. Num soberbo prato maior, primorosamente decorado nos dias de hoje, vários elementos figuram como símbolos de alguns capítulos desta história tão trágica como sobrenatural, de Israel: um osso de cordeiro, um ovo cozido, verduras (salsa, rabanetes, aipo, agrião ou batata), ervas amargas, (alface ou rábano) e uma mistura espessa composta de tâmaras, maçãs, amêndoas e nozes trituradas, aromatizadas com vinho doce e canela.

Já as ervas amargas (maror), "Assim lhes amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijolos, e com toda sorte de trabalho no campo, enfim, com todo o seu serviço, em que os faziam servir com dureza." (Ex. 1,14), pela vida amarga, pelo sofrimento causado durante o trabalho escravo.

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