domingo, 29 de abril de 2012

O batismo de Jesus- sugestão para histórias bíblicas


Este cartaz foi confeccionado para contar para os catequizandos a História do Batismo de Jesus no Rio Jordão. 



Jesus nasceu: era um lindo bebezinho quando José e Maria o levaram no templo para ser apresentado.Aos doze anos em uma festa da Páscoa foi a Jerusalém e vocês sabem o que aconteceu? Ele ficou perdido, mas depois de três dias de procura Maria e José o encontrou no templo falando e explicando as escrituras para os doutores da Lei. Que maravilhoso Jesus amava as coisas do Pai do céu! Mas Jesus cresceu e se tornou um homem e era chegado a hora de anunciar o Reino de Deus, de ensinar o amor, a alegria, a obediência a Deus e todos os ensinamentos lindos que só Jesus poderia falar. Jesus já estava com 30 anos.




Vocês se lembram de João  o primo de Jesus, filho de Isabel e Zacarias? Pois é, assim como Jesus ele também cresceu. Ele vivia a beira do Rio Jordão, comia gafanhoto e mel e se vestia com roupas de pele de camelo.(mostrar uma foto dele e falar que ele é o padroeiro de nossa cidade). Ele pregava sobre a vinda do Messias (Jesus) e falava que as pessoas deviam se preparar sabe como? Se arrependendo das coisas erradas que faziam e se convertendo a Deus. Então ele batizava as pessoas que se arrependiam no Rio Jordão, por isso ficou conhecido como João Batista e o seu batismo era diferente do nosso, era um batismo de arrependimento.
Um dia João Batista estava batizando as pessoas no Rio Jordão quando ele viu Jesus, seu primo, chegando. Será o que Jesus havia vindo fazer? (deixar as crianças falarem). Então Jesus pediu para ser batizado por João. Mas João sabia que Jesus era o Filho de Deus e que portando não precisava batizar porque Ele não tinha pecado nenhum.(mostrar os bonequinhos de João Batista e Jesus). Mas Jesus falou que queria ser batizado por João que esta era a vontade de Deus.


Então Jesus e João Batista entraram no Rio Jordão (colocar os bonequinhos entre as pregas do cartaz no espaço do rio) e João Batista batizou Jesus. Quando Jesus estava sendo batizado sabe o que aconteceu? O Espírito Santo desceu em forma de pomba (neste momento puxar o Espírito Santo escondido na nuvem) e se ouviu uma voz que veio do céu dizendo: "Este é o meu Filho muito amado a quem eu ponho todo meu carinho e agrado!" Crianças de quem era esta voz que disse estas palavras tão lindas ? (deixar as crianças falarem). Vocês viram o próprio Deus falou lá do céu que estava gostando daquilo que Jesus estava fazendo e que amava muito seu Filho Jesus.      
                  


Conclusão: 
O batismo de João Batista era um batismo de arrependimento, ou seja de perdão dos pecados. Portanto, Jesus não precisava de ser batizado. O batismo de Jesus marcou o início de sua missão aqui nesta terra. Depois que Jesus foi batizado Ele se retirou no deserto e ficou lá durante 40 dias se preparando para a sua maravilhosa missão: anunciar o Reino de Deus.

sábado, 28 de abril de 2012

Catequese do Papa Bento XVI 25/04/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Mirticeli Medeiros - equipe do CN notícias)







Queridos irmãos e irmãs

Na catequese passada, mostrei que a Igreja, desde o início do seu caminho, teve que enfrentar situações imprevistas, novas questões e emergências às quais procurou dar respostas à luz da fé, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. Hoje gostaria de deter-me sobre uma outra situação, sobre um problema sério que a primeira comunidade cristã de Jerusalém teve que enfrentar e resolver, como nos narra São Lucas no capítulo sexto dos Atos dos Apóstolos, a respeito da pastoral da caridade junto às pessoas solitárias e necessitadas de assistência e ajuda. A questão não é secundária para a Igreja e corre-se o risco naquele momento, de criar divisões no interior da Igreja; o número dos discípulos, de fato, vinha aumentando, mas aqueles de lingua grega começavam a lamentar-se contra aqueles de língua hebraica porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição cotidiana (At. 6,1). Diante da urgência que se referia a um aspecto fundamental na vida da comunidade, isto é, a caridade em relação aos mais fracos, aos pobres, aos indefesos, e a justiça, os Apóstolos convocam todo o grupo de discípulos. Neste momento de emergência pastoral, sobressai o discernimento realizado pelos apóstolos. Eles se encontram diante da exigência primária de anunciar a Palavra de Deus segundo o mandato do Senhor, mas - também se esta é uma exigência primária da Igreja - consideram da mesma forma o dever da caridade e da justiça, isto é, o dever de assistir as viúvas, os pobres, de prover com amor diante das situações de necessidade nas quais se encontram irmãos e irmãs, para responder ao mandamento de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,,12.17). Portanto, as duas realidades que devem ser vividas na Igreja - o anúncio da Palavra, a primazia de Deus, e a caridade concreta, a justiça - , estão criando dificuldade e se deve encontrar uma solução, para que ambas possam estar em seus devidos lugares, e sua relação necessária. A reflexão dos Atos dos Apóstolos é muito clara, como ouvimos: "Não é justo que nós deixemos a Palavra de Deus à parte para servir as mesas. Entretanto, irmãos, procureis entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais confiaremos esta missão. Nós, ao invés disso, nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra" (At 6,2-4).

Duas coisas aparecem: primeiro, existe a partir daquele momento, na Igreja, um ministério da caridade. A Igreja não deve somente anunciar a Palavra, mas também realizar a Palavra, que é caridade e verdade. E, segundo ponto, esses homens não somente devem gozar de boa reputação, mas devem ser homens repletos do Espírito Santo e de sabedoria, isto é, não podem ser somente organizadores que sabem "fazer", mas devem "fazer" no espírito da fé com a luz de Deus, na sabedoria do coração, e portanto, também a função deles - mesmo que seja prática - é todavia uma função espiritual. A caridade e a justiça não são somente ações sociais, mas são ações espirituais realizadas na luz do Espírito Santo. Portanto, podemos dizer que essa situação vem enfrentada com grande responsabilidade por parte dos apóstolos, os quais tomam esta decisão: são escolhidos sete homens; os apóstolos rezam para pedir a força do Espírito Santo e depois, impõem as mãos para que se dediquem em modo particular a essa diaconia da caridade. Assim, na vida da Igreja, nos primeiros passos que ela realiza, se reflete, em um certo modo, o que havia acontecido durante a vida pública de Jesus, na casa de Marta e Maria em Betânia. Marta estava bem ligada ao serviço da hospitalidade oferecido a Jesus e aos seus discípulos; Maria, ao contrário, se dedica à escuta da Palavra do Senhor (Luc 10,38-42). Em ambos os casos, não são contrapostos os momentos da oração e da escuta de Deus, e a atividade cotidiana e o serviço da caridade. A expressão de Jesus: "Marta, Marta, tu te preocupas e te agitas com tantas coisas, mas de uma coisa tens necessidade, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada" (Luc 10,41-42), como também a reflexão dos apóstolos: "Nós nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra" (At 6,4), mostram a prioridade que devemos dar a Deus. Não gostaria de entrar agora na interpretação desta perícope Marta-Maria. Em todo caso, não vem condenada a atividade pelo próximo, mas vem destacado que ela deve ser penetrada interiormente também pelo espírito de contemplação. Por outro lado, Santo Agostinho diz que essa realidade de Maria é uma visão da nossa situação no céu, portanto, na terra, não podemos nunca tê-la completamente, mas um pouco de antecipação deve estar presente em toda a nossa atividade. Deve estar presente também a contemplação de Deus. Não devemos nos perder no ativismo puro, mas sempre deixarmo-nos penetrar na nossa atividade à luz da Palavra de Deus e assim aprender a verdadeira caridade, o verdadeiro serviço pelo outro, que não tem necessidade de tantas coisas - tem necessidade certamente das coisas necessárias - mas tem necessidade sobretudo do afeto do nosso coração, da luz de Deus.

Santo Ambrósio, comentando o episódio de Marta e Maria, assim exorta os seus fiéis e também nós: "Procuremos ter também nós aquilo que não nos pode ser tirado, dando à palavra de Deus uma grande atenção, não distraída: acontece também às sementes da palavra de serem levadas embora, semeadas ao longo da estrada. Estimule também tu, como Maria, o desejo do saber: é esta a maior, mais perfeita obra" - E acrescenta ainda: "o cuidado do ministério não desvie o conhecimento da palavra celeste" (Expositio Evangelii secundum Lucam, VII, 85: pl 15, 1720). Os santos, portanto, experimentaram uma profunda unidade de vida de oração e ação, entre o amor total a Deus e o amor aos irmãos. São Bernardo, que é modelo de harmonia entre contemplação e operosidade, no livro De Consideratione, endereçado ao Papa Inocêncio II para oferecer-lhe algumas reflexões a respeito de seu ministério, insiste exatamente sobre a importância do recolhimento interior, da oração para defender-se dos perigos de uma atividade excessiva, qualquer que seja a condição na qual se encontra a tarefa que se está desenvolvendo. São Bernardo afirma que a demasiada ocupação, uma vida frenética, geralmente acabam induzindo o coração a fazer sofrer o espírito.
É uma preciosa retomada para nós hoje, acostumados a valorizar tudo a partir do critério da produtividade e da eficiência. O trecho dos Atos dos Apóstolos nos recorda a importância do trabalho - sem dúvida se é criado um verdadeiro ministério - , do empenho nas atividades cotidianas que são desenvolvidas com responsabilidade e dedicação, mas também a nossa necessidade de Deus, da sua direção, da sua luz que nos dão força e esperança. Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixa insatisfeitos. Existe uma bela invocação da tradição cristã para recitar-se antes de toda atividade, a qual diz assim: Actiones nostras, quæsumus, Domine, aspirando præveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat, et per te coepta finiatur", isto é: "Inspire as nossas ações Senhor, e acompanhe-as com a tua ajuda, para que todo o nosso falar e agir tenha de ti o seu início e o seu cumprimento". Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra.

Na catequese da quarta-feira passada eu havia destacado a oração unânime da primeira comunidade cristã diante das provas e como, exatamente na oração, na meditação sobre a Sagrada Escritura ela pode compreender os eventos que estavam acontecendo. Quando a oração é alimentada pela palavra de Deus, podemos ver a realidade com olhos novos, com os olhos da fé e o Senhor, que fala à mente e ao coração, dá nova luz ao caminho em todos os momentos e em todas as situações. Nós cremos na força da Palavra de Deus e da oração. Também a dificuldade que está vivendo a Igreja diante do problema do serviço aos pobres e a questão da caridade, é superada na oração, à luz de Deus, do Espírito Santo. Os apóstolos não se limitam a ratificar a escolha de Estevão e dos outros homens, mas depois de rezar , impõem-lhes as mãos" (At 6,6). O Evangelista recordará novamente estes gestos em ocasião da eleição de Paulo e Barnabé, onde lemos: "depois de ter jejuado e rezado, impuseram-lhes as mãos e os despediram" (At 13,3). Confirma-se de novo que o serviço prático da caridade é um serviço espiritual. Ambas as realidade devem andar juntas.

Com o gesto da imposição das mãos, os Apóstolos conferem um ministério particular a sete homens, para que seja dada a eles a força correspondente. O destaque dado à oração - depois de ter rezado", dizem - é importante porque evidencia exatamente a dimensão espiritual do gesto; não se trata simplesmente de conferir um encargo como acontece em uma organização social, mas é um evento eclesial no qual o Espirito Santo se apropria de sete homens da Igreja, consagrando-os na Verdade que é Jesus Cristo: é Ele o protagonista silencioso, presente na imposição das mãos para que os eleitos sejam transformados pela sua potência e santificados para enfrentar desafios práticos, os desafios pastorais. E o destaque da oração nos recorda além disso que somente no relacionamento íntimo com Deus cultivado a cada dia nasce a resposta à escolha do Senhor que nos vem confiado cada ministério na Igreja.

Queridos irmãos e irmãs, o problema pastoral que levou os apóstolos a escolher e a impor as mãos sobre sete homens encarregados do serviço da caridade, para dedicarem-se à oração e ao anuncio da Palavra, indica também a nós a primazia da oração e da Palavra de Deus, que, todavia, produz depois também a grande ação pastoral. Para os Pastores, esta é a primeira e mais preciosa forma de serviço em relação ao rebanho a eles confiado. Se os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida. E existe uma outra preciosa retomada que gostaria de destacar: no relacionamento com Deus, na escuta de sua Palavra, no diálogo com Deus, também quando nos encontramos no silêncio de uma igreja ou de nosso quarto, estamos unidos no Senhor a tantos irmãos e irmãs na fé, como uma junção de instrumentos, que apesar da individualidade de cada um, elevam a Deus uma única grande sinfonia de intercessão, de agradecimento e de louvor. Obrigado.





sexta-feira, 27 de abril de 2012

Páscoa- As duas páscoas



Na semana após a Páscoa realizamos na catequese uma dinâmica sobre o verdadeiro sentido da Páscoa. Procuramos com esta dinâmica conscientizar os catequizandos que o verdadeiro sentido da Páscoa é Cristo ressuscitado. 

" Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós" ( 1Cor5, 7B)







Material necessário: cesta, visuais enrolados em papeis celofone colorido (tipo embalagem de ovo da páscoa)
Desenvolvimento: (Mostrar a cesta para os catequizandos) Vejam, o que temos aqui? (deixar os catequizandos falarem) Uma cesta e parece que tem presentes nela, são parecidos com ovos, aqueles que recebemos na Páscoa não é mesmo! Estes ovos vão nos ensinar hoje na catequese uma lição muito importante sobre o que é a verdadeira Páscoa. 
Crianças, o que é a Páscoa? (deixar as crianças responderem) Quando fala de Páscoa o que vocês lembram?
Mas vocês sabiam que existe dois tipos de Páscoa? Algumas pessoas comemoram um tipo de Páscoa enquanto outras comemoram outro tipo! 
Mas existe uma diferença entre as duas: uma é falsa deixa o verdadeiro sentido de lado a outra é verdadeira tem um real significado. Você quer aprender então preste bastante atenção:

Cantar a música: Abra minha inteligência, Espírito Santo amigão/ acalme meus pensamentos, ilumine minha razão/ aumente com a catequese o amor em meu coração/ por Jesus, pela mãe Igreja e é claro por meus irmãos.
Vamos prestar bastante atenção nesta linda lição:

(A medida que for explicando os ovos com as figuras vão sendo abertos)

Animal da Páscoa

(Mostre  lado a  do cartaz) - O que temos aqui? (deixar as crianças falarem) Isto mesmo um coelho. Um animal que é muito falado no tempo da Páscoa, como símbolo da Páscoa significa fertilidade, pois os coelhos tem muitos filhotinhos de uma única vez e após a ressurreição de Cristo os cristãos (seguidores de Cristo) se multiplicaram. Na época da Páscoa as pessoas só falam no coelho que ele vai trazer muitos ovos, os comerciais só trazem a figura do coelho, as pessoas cantam música do coelho. E ai que está o problema de pensarmos que este é o único sentido da Páscoa: o coelho. Mas a Páscoa é muito mais que isso, não é crianças!!!!


(Mostre o lado b do cartaz)- Mas a Páscoa tem um outro animal além do coelho e este animal poucas pessoas falam nele, mas ele também tem um significado muito importante. É o cordeiro e ele nos lembra a primeira Páscoa. Vocês sabem que no tempo de Jesus as pessoas já comemoravam a Páscoa. Nesta primeira páscoa o povo comemorava a libertação da escravidão do Egito. Deus por meio de Moisés pediu que o faraó libertasse o povo de Israel da escravidão. Mas faraó era muito teimoso e não quis obedecer, então Deus mandou dez pragas. Então a última praga foi que todo filho primogênito(primeiro filho) seria morto  e quem passasse na porta o sangue de um cordeiro Deus iria proteger.O cordeiro é o símbolo desta Páscoa. Aquele Cordeiro que foi morto, para que seu sangue fosse passado na porta livrasse o primogênito daquela casa, era um símbolo de Jesus, que viria ao mundo para morrer por nós. João Batista disse a respeito de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". ( Jo 1:29) 



O alimento da Páscoa

(Mostre o lada a do cartaz)- Quem comeu ovo de chocolate nesta páscoa? (deixar as crianças responderem). Sem dúvida nenhuma é uma delícia. Mas vocês acreditam que tem crianças e até mesmo pessoas adultas que se não comerem ovo de chocolate na páscoa acham que a páscoa não aconteceu. E choram e pegam pirraça e entristecem o coração de Jesus pois não reconhecem o seu sacrifício na cruz para nos salvar. Que triste! E vocês crianças também pegam pirraça quando não comem ovo de chocolate na Páscoa?




(Mostre o lado b do cartaz)- Temos aqui dois alimentos conhecidos que fazem parte da verdadeira Páscoa : o pão e o vinho. Mas o que tem a ver pão e vinho com a Páscoa? (deixar os catequizandos falarem).Jesus um dia convidou os seus discípulos para uma ceia (um jantar) e preparou pão e vinho. Então ele pegou o pão partiu, abençoou, deu aos discípulos e aquele pedaço de pão se transformou em corpo de Cristo. Do mesmo modo pegou o vinho, abençoou, deu aos discípulos e aquele vinho não era mais vinho, mas sangue de Cristo. Isso acontece também até hoje, quando isso acontece? Na santa missa, quando o padre fala as mesmas palavras de Cristo e faz o mesmo gesto e podemos em cada missa receber Jesus na Eucaristia. (Mostre novamente o lado a e depois o lado b). O alimento-símbolo da Páscoa comercial é o chocolate. Na Páscoa bíblica vemos dois alimentos o pão e o vinho, que simbolizam o sacrifício de Jesus Cristo em nosso lugar.


Atividade da Páscoa

(Mostre o lado a do cartaz)- Tem pessoas que ficam doidas para a semana santa chegar, mas vocês acham que é para participar desta semana nas celebrações da igreja... não, não ,não, não. É para descansar, dormir até tarde e nem se lembrar de Jesus. Se viajam para outra cidade nem procura saber se naquele local acontece celebrações da Semana Santa. Que triste! Pedem a oportunidade de ficar mais perto de Jesus.


(Mostre o lado b do cartaz)- Esta figura nos mostra Jesus orando. Jesus antes de ser entregue para ser condenado e morto orou no jardim pedindo a Deus -Pai que o ajudasse naquele momento. Aprendemos com Jesus então a ter uma atitude muito importante na Páscoa que é a oração. Como podemos então demonstrar esta atitude? (Deixar as crianças falarem) Participando das missas, celebrações e procissões na semana santa. Mas não só na semana santa é claro, mas sempre pois a oração nos faz ficar mais pertinho de Jesus. Páscoa é momento de orarmos e agradecermos por esta grande prova de amor que Jesus nos deu: morrer na cruz para nos salvar!Mostre novamente o lado a e depois o lado b). Hoje a Páscoa para muitos é tempo de descansar, de não fazer nada. Porém, na Bíblia lemos que, para Jesus, foi a ocasião de realizar uma importante missão: dar a Sua vida para nos salvar. Jesus orou para estar preparado. Nós também podemos orar agradecendo pelo que Ele fez por nós.


O sentimento da Páscoa

(Mostre o lado a do cartaz)- O sentimento que temos na época da Páscoa é de felicidade e alegria, pois a morte não segurou Jesus: depois de 03 dias Jesus ressuscitou. Este é o verdadeiro significado da Páscoa e o sentimento que temos ter é de alegria. Mas tem pessoas que na Páscoa se esquecem do verdadeiro significado e até desejam "Feliz Páscoa" para as pessoas, mas sabe por que? Porque vêem todas as pessoas desejando, mas dentro de seu coração nem sempre tem a alegria que a verdadeira Páscoa nos traz! Só pensam no coelho, no ovo da Páscoa, no feriado. 



(Mostre o lado b do cartaz)- Na cruz Jesus doou a própria vida por cada um de nós( falar o nome de algumas crianças da catequese). Na cruz Ele pagou o preço por mim e por você sabe para que? Para que tivéssemos a vida eterna. O sentimento que devemos ter na Páscoa é o de gratidão; agradecer a Deus por esta linda prova de amor. Outro sentimento é o da alegria pois Cristo ressuscitou e para completar não podemos esquecer do amor ao nosso irmão . Da mesma forma que Deus por amor doou a própria vida para nos salvar devemos também doar a nossa vida para os nossos irmãos. E como podemos fazer isso, doar a nossa vida; será que também devemos morrer em uma cruz? (criar um clima de expectativa). Não, podemos doar a nossa vida com gestos concretos de amor, partilha, solidariedade (ir citando gestos segundo a realidade da criança). E quando formos desejar "feliz Páscoa" não vamos desejar de qualquer jeito, mas vamos colocar um sorriso no rosto, estampar a alegria na cara e dizer assim " Feliz Páscoa, pois temos um Deus que nos ama e nos deu a salvação!!!"




O presente da Páscoa

(Mostre o lado a do cartaz)- Na páscoa se tem o costume de dar presentes aquelas pessoas que amamos: chocolate, coelhinhos de pelúcia, cestas de chocolate, cartão... é muito bom receber presente não é mesmo! Mas tem algumas pessoas que se não recebem presente ficam tristes, desanimadas. Você já se sentiu assim também? (deixar as crianças falarem). Mas fiquem sabendo que na Páscoa celebramos o maior presente que qualquer pessoa poderia ganhar! Nem  um milhão  de reais se compara a este presente. Será que presente maravilhoso é este, minha gente!



(Mostrar o lado b do cartaz) - Na Bíblia no evangelho de João nos diz:  "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho unigênito para que todo que n'Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna." Deus ama você. Ele quer te dar o presente da Salvação! Jesus é o Cordeiro de Deus que veio para nos libertar do pecado.Não tem maior presente do que este e na Páscoa ao celebrarmos a Ressurreição de Jesus celebramos a vida eterna que recebemos com a sua doação na cruz. (Mostre novamente o lado a e o lado b). A Páscoa comercial nos mostra como é bom receber. A Páscoa bíblica nos mostra que um dia Deus deu Seu Filho, e hoje a cada dia  Ele que dar-lhe o presente da Vida Eterna.


O vazio da Páscoa 

(Mostre o lado a do cartaz)- Olhe o rosto desta criança será que ela está feliz ou triste? (deixar os catequizandos falarem). Ela não está alegre não, ela está triste sabe por quê? porque ela não entendeu o verdadeiro sentido da Páscoa. Muitas vezes quando chega o domingo de Páscoa, todos já comeram tanto chocolate que estão enjoados; alguns estão até mais gordinhos mas, mesmo assim continuam vazios e tristes. Você já se sentiu assim depois de uma festa que estava vazio e triste? Se você se senti assim é porque sua alegria é passageira e só dura enquanto você está se divertindo. Isto acontece porque não damos lugar em nosso coração para Jesus entrar e Ele  o Único que pode nos dar a verdadeira alegria. Que pena esta criança não entendeu o verdadeiro sentido da Páscoa e não deixou Jesus entrar em seu coração!


(Mostre o lado b do cartaz)- Esta figura nos mostra que o túmulo ficou vazio ao terceiro dia Jesus ressuscitou e hoje Ele vive em nosso coração, por isso podemos dar um grito bem forte de "Aleluia, Jesus ressuscitou!". Toda a tristeza daquela Páscoa se tornou alegria. Hoje Jesus está vivo e Ele é o caminho, a verdade e a vida. Não chegaremos ao Pai do céu a não ser por Ele. Jesus quer entrar em sua vida e ser seu melhor e verdadeiro amigo, mas para isso devemos abrir o nosso coração e deixar Jesus ressuscitado entrar em sua vida e levar Jesus para a vida de todas as pessoas, só assim o mundo será mais feliz!



(Neste momento procure fazer com os catequizandos uma oração espontânea de agradecimento por este lindo gesto de amor de Jesus por cada um de nós e também uma oração de entrega levando  os catequizandos a se comprometerem com Jesus ressuscitado) 

Conclusão

(Ao final mostrar novamente todos os ovos relembrando de forma simplificada o que foi dito durante a dinâmica)




Esta é uma das Páscoas. A Páscoa comum, comercial, que a maioria das pessoas conhece e que vemos em toda parte e até na TV. (aponte para cada visual enquanto você fala) : (1) É a Páscoa que apresenta coelhinhos de todo tipo. (2) É a Páscoa que diz que você precisa comer muito chocolate. (3) É a Páscoa que sugere que você não faça nada, descanse e aproveite os feriados. (4) É a época de desejar centena de vezes FELIZ PÁSCOA, mas sem entender o verdadeiro sentido da Páscoa. (5) Nesta época de Páscoa comercial criou-se um costume novo, fazendo as crianças desejarem ganhar presentes nesta época, como no Natal. (6) Porém, no final, ela deixa uma sensação de vazio. Acabou!

A Páscoa que a Bíblia apresenta é bem diferente (vire cada ovo à medida que fala dele.) (1) A Bíblia conta como o cordeiro foi morto no Egito e seu sangue na porta salvou o primogênito de cada lar hebreu; e como Jesus, o Cordeiro de Deus, é quem pode nos salvar. (2) A Bíblia conta que Jesus comemorou a Sua última Páscoa com os discípulos, explicando-lhes que ia morrer e derramar Seu sangue para salvar a muitos e naquela última ceia instituiu a Eucaristia que até hoje celebramos na santa missa (3) Também lemos na Bíblia que Jesus não descansou, mas entregou  a Sua vida na cruz  por nós. Para se preparar Ele passou a noite acordado, orando. Devemos  Páscoa a exemplo de Jesus também rezar agradecendo o que Ele fez por nós e também participar das celebrações da Semana Santa. (4) Jesus não passou uma noite muito feliz. A Bíblia diz que Ele orou em agonia e depois foi maltratado e sofreu muito, por amor a nós. Ele foi crucificado no meu e no seu lugar. Só quem tem Jesus pode ter uma feliz Páscoa. (5) O maior presente que Deus nos deu foi Seu filho, que morreu por nós. E a Bíblia diz que todos que recebem Jesus ganham o presente da Vida Eterna. (6) Jesus pode nos salvar porque Ele não ficou morto. Seu túmulo ficou vazio; Ele ressuscitou.Você já recebeu o presente da Vida Eterna? Então, agora pode contar para os outros sobre a verdadeira Páscoa, a Páscoa bíblica, a Páscoa que apresenta Jesus.

(Esta dinâmica foi retirada e adaptada  do Blog TiaAlê) 





quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dinâmica para encontro com os pais

 Material necessário: balas com embalagens que abram dos dois lados

Entregue uma bala para cada mãe ou responsável e peça para que abram apenas com uma mão.Você verá que elas irão conseguir, mas depois de um bom tempo e esforço.

Faça o comparativo da dinâmica com a vida da criança e seu desenvolvimento como cristão: A bala é a criança,a mão que elas usaram para abrir é a catequista.E a outra mão, a família. Se a catequista fizer o trabalho todo sozinha, irá conseguir, mas demorará mais e será muito mais difícil, mas, se tiver "a outra mão", a família,o trabalho  ficará mais fácil e eficiente.

Mensagem para encontro com os pais

Precisamos plantar o que esperamos colher

Os pais precisam ter clareza no tipo de semente que querem que sejam lançadas na vida dos filhos....

Sementes de
Respeito e alegria
De segurança e diálogo
De amizade e de limites
Sementes de amor.



Essas sementes se bem cuidadas darão excelentes frutos.
Comece agora a cultivar sua família!
     

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Catequese familiar





“À medida que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé torna-se comunidade evangelizadora.” (João Paulo II)

Sem dúvida nenhuma a Catequese Familiar é um grande desafio e uma urgente necessidade na Igreja e principalmente na catequese. A família continua sendo muito importante para os planos de Deus. Ela é uma instituição divina, sonhada por Deus e fruto de sua vontade. Ela é dom de Deus e merece o nosso empenho e nosso amor. Se a catequese não zela pela família como vai cuidar pastoralmente dos seus catequizandos? E se as famílias não se interessam pela catequese que futuro poderá dar a seus filhos no caminho da justiça e da fé? 




Em 2012 a catequese Santo Antônio tem como meta para seu trabalho pastoral uma aproximação das famílias com a catequese, pois na atualidade é inconcebível uma catequese que não caminhe com a família, uma vez que os pais são os primeiros catequistas. No dia 31de março tivermos um primeiro encontro onde mostramos para os pais a necessidade e importância da ajuda deles no trabalho de evangelização de seus filhos e apresentamos como será desenvolvido o Projeto Catequese Familiar.Neste ano os temas centrais do encontro serão: Catequese/ Igreja/ Família. Os encontros acontecerão todo último sábado de cada mês.

A “Catequese familiar” implementada de diversas maneiras, tem-se revelado como ajuda proveitosa a unidade das famílias, oferecendo, além disso, possibilidades eficientes de formar os pais de família, os jovens e as crianças, para que sejam testemunhas firmes da fé em suas respectivas comunidades. (DA,303)



domingo, 22 de abril de 2012

Papa Bento XVI- um homem de fé




O Papa Bento XVI completou 85 anos, nesta segunda-feira, 16, dos quais sete são dedicados à cátedra de Pedro até o presente momento.

O alemão tímido que da sacada principal da Basílica de São Pedro se dirigiu ao mundo em seu primeiro pronunciamento como Papa, com a surpreendente expressão: “Sou um humilde servo na vinha do Senhor”, já conquistou o mundo através de seus discursos dotados de precisão, profundidade e espiritualidade. De fato, uma marca deste pontificado é a ‘simplificação da teologia’, ao passo que cada cristão é capaz de compreender verdades profundas através de palavras simples.

“Da coerência e da constância de seus ensinamentos, aprendemos sobretudo que a prioridade de seu serviço à Igreja e à humanidade é orientar nossas vidas a Deus”, disse o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi.

O Papa, as pessoas e algumas curiosidades

Todas as manhãs, logo cedo, Bento XVI inicia suas atividades com a celebração da Santa Missa. Entre os muros do Palácio Apostólico, um Papa que faz suas orações cotidianas sem se esquecer, todavia, das intenções dos fiéis que lhe enviam pedidos de oração. De acordo com um de seus secretários particulares, a sensibilidade do Pontífice diante do sofrimento humano é tamanha, que todas as intenções de oração a ele confiadas pelos fiéis são depositadas no genuflexório onde ele reza todas as manhãs. Ainda como forma de atenção às pessoas, ele repassa, a cada terça-feira, com um gravador na mão, um dia antes da catequese, todas as saudações em várias línguas, as quais ele profere na Praça de São Pedro no dia seguinte. Um Papa que gosta de gatos, de música e que se considera um ‘mendigo diante de Deus’, quando reza: esta é a personalidade de Bento XVI caracterizada pela simplicidade, coerência, gentileza e determinação.

“Desde o início meu irmão sempre foi para mim não somente um companheiro, mas também uma direção confiável. Foi para mim um ponto de orientação e referência com a clareza e a determinação nas suas decisões. Ele me mostrou o caminho a seguir, mesmo em situações difíceis”, disse monsenhor Georg Ratzinger, irmão do Papa, em entrevista ao jornal italiano Il Giornale.

O Papa e os desafios do Pontificado


Bento XVI, cujo nome de batismo é Joseph Ratzinger, jamais imaginou que chegaria à Sé de Pedro. No livro-entrevista “Luz do Mundo”, no qual ele responde a várias perguntas do jornalista alemão Peter Seewald, ele confessa que teve medo após o término do Conclave e não se sentia capaz de assumir a função de Sucessor de Pedro. Mesmo diante da insegurança inicial, Bento XVI trouxe a força de sua personalidade para o Pontificado: com determinação, assumiu como meta combater o relativismo e levar os católicos às bases da fé.

“Com Bento XVI aprendemos que a fé e a razão se ajudam mutuamente na busca da verdade e respondem às expectativas e dúvidas de cada um de nós e de toda a humanidade; que a indiferença a Deus e o relativismo são riscos gravíssimos de nossos tempos”, afirmou Padre Lombardi.


O Papa na ótica do Brasil
Os cardeais brasileiros criados nos últimos três Consistórios convocados por ele (ao todo foram quatro) também se surpreendem com a personalidade do Santo Padre. Dom Odilo Pedro Sherer, cardeal arcebispo de São Paulo, expressa quem é a pessoa Bento XVI a partir de sua experiência pessoal.
"É um homem simples, muito educado, cordial, respeitoso, atento às pessoas, alguém preocupado com quem esta com ele à sua frente. Vejo o Papa como um homem simples, humilde, sábio, um homem de Deus", enfatizou.



Fonte: (Canção Nova.com)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Catequese do Papa Bento XVI 18/04/2012


(Tradução: Mirticeli Medeiros - equipe CN notícias)









Caríssimos irmãos e irmãs,

Depois das grandes festas, retornamos agora às catequeses sobre a oração. Na audiência antes da semana santa, nos detivemos sobre a figura da Beata Virgem Maria, presente no meio dos apóstolos em oração, no momento no qual esperavam a chegada do Espírito Santo. Uma atmosfera orante acompanha os primeiros passos da igreja. O Pentecostes não é um episódio isolado,uma vez que a presença e a ação do Espírito Santo guiam e animam constantemente o caminho da comunidade cristã.

Nos atos dos apóstolos, de fato, São Lucas, além de narrar a grande efusão que aconteceu no Cenáculo cinquenta dias após a Páscoa (At 2,1-13), se refere a outras intervenções extraordinárias do Espírito Santo, as quais retornam na história da Igreja. E hoje, quero concentrar-me sobre aquele que foi "o pequeno Pentecostes", manifestado no cume de uma fase difícil na vida da Igreja nascente.

Os atos dos apóstolos narram que, após a cura de um paralítico diante do Templo de Jerusalém (At 3,1-10) , Pedro e João foram presos porque anunciavam a Ressurreição de Jesus a todo o povo. (At 3, 11-26). Depois de um processo sumário, foram recolocados em liberdade, chegaram aos seus irmãos e narraram tudo que haviam sofrido por causa do testemunho ligado à pessoa de Jesus, o Ressuscitado. Naquele momento - diz São Lucas - "todos, unânimes ergueram a voz a Deus" (At 4,24). Ali, São Lucas reporta a mais ampla oração da Igreja que encontramos no Novo testamento, no final da qual, como ouvimos, "o lugar no qual se reuniam tremeu e todos ficaram repletos do Espírito Santo e proclamavam a Palavra de Deus com ardor" (At 4,31).

Antes de considerar essa bela oração, notamos uma atitude de fundo muito importante: diante do perigo, das dificuldades, das ameaças, a primeira comunidade cristã não busca fazer análises de como reagir, encontrar estratégias, como defender-se, quais medidas adotar, mas, diante da prova, se coloca em oração, entra em contato com Deus.

E qual característica tem esta oração? Se trata de uma oração unânime e concorde em toda a comunidade, diante de uma situação de perseguição por causa de Jesus. No original grego São Lucas usa o vocábulo homothumadon - todos juntos, concordes - um termo que aparece em outras partes dos Atos dos Apóstolos para sublinhar esta oração perseverante e concorde (At ,14;2,46).Esta concórdia é elemento fundamental da primeira comunidade cristã e deveria ser sempre fundamental para a Igreja. Não é então somente a oração de Pedro e de João, os quais estavam em perigo, mas de toda a comunidade, porque o que vivem os apóstolos não diz respeito somente a eles, mas a corresponde à vida de toda a igreja. Diante das perseguições sofridas por causa de Jesus, a comunidade não somente não se assusta e não se divide, mas é profundamente unida na oração, como uma só pessoa, para invocar o Senhor. Isto, diria, é o primeiro prodígio que se realiza quando os crentes são colocados à prova por causa da fé deles: a unidade de consolida, aos invés de ser comprometida, porque é sustentada por uma pração que não vacila. A Igreja não deve temer as perseguições que na sua história foi obrigada a sofrer, mas confiar sempre, como Jesus no Getsêmani, na presença, na ajuda e na força de Deus, invocado na oração.

Façamos um passo sucessivo: o que a comunidade cristã pede a Deus neste momento de provação? Não pede a preservação da vida diante da perseguição, nem que o Senhor se vingue daqueles que encarceraram Pedro e João; mas pede somente que seja concedido a ela de proclamar com toda a força a Palavra de Deus (At 4,29), isto é, reza para não perder a coragem da fé, a coragem de anunciar a fé. Antes, entretanto, busca compreender com profundidade aquilo que aconteceu, busca ler os acontecimentos à luz da fé e o faz exatamente através da Palavra de Deus,que nos faz decifrar a realidade do mundo.
Na oração que eleva ao Senhor, a comunidade parte do recordar e do invocar a grandeza e imensidade de Deus: "Senhor, tu que criaste o céu e a terra, o mar e todas as coisas que neles se encontram" (At 4,24). É a invocação ao Criador: sabemos que tudo vem dele, que tudo está em suas mãos. Esta é a consciência que nos dá certeza e coragem: tudo vem dele, tudo está nas suas mãos. Passa depois a reconhecer como Deus agiu na história - portanto, começa com a criação e continua na história - , como esteve próximo de seu povo mostrando-se um Deus que se interessa pelo homem, que não se retirou, que não abandona o homem, sua criatura; e que vem citado explicitamente no Salmo 2, à luz do qual vem lida a situação de dificuldade que está vivendo naquele momento a Igreja. O Salmo 2 celebra a entronização do Rei de Judá, mas se refere profeticamente à vinda do Messias, contra o qual nada poderão fazer a rebelião, a perseguição e a imposição dos homens: "Porque as nações se agitaram e os povos tramavam coisas vãs? Se elevaram os reis da terra e os principes se aliaram juntos contra o Senhor e contra o seu Cristo" (At 4,25). Isso diz já profeticamente o Salmo sobre o Messias, e é característica em toda a história esta rebelião dos potentes contra a potência de Deus. Exatamente lendo a Sagrada Escritura, que é Palavra de Deus, a comunidade pode dizer a Deus na sua oração: "Verdadeiramente nesta cidade se uniram contra o teu santo servo Jesus, que tu consagraste, para cumprir aquilo que a tua mão e a tua vontade haviam decidido que acontecesse" (At 4,27). Aquilo que aconteceu foi lido à luz de Cristo, que é a chave para compreender também a perseguição; a cruz, que sempre é a chave para a Ressurreição. A oposição em relação a Jesus, a sua Paixão e Morte, são relidas, através do Salmo 2, como atuação do projeto de Deus Pai para a salvação do mundo. E aqui se encontra também o sentido da experiência de perseguição que a primeira comunidade cristã está vivendo; esta primeira comunidade não é uma simples associação, mas uma comunidade que vive em Cristo; portanto, aquilo que acontece a ela faz parte do desígnio de Deus. Como aconteceu com Jesus, também os discípulos encontram oposição, incompreensão, perseguição. Na oração, a meditação sobre a Sagrada Escritura à luz do mistério de Cristo ajuda a ler a realidade presente no núcleo da história da salvação que Deus atua no mundo, sempre a seu modo.

Exatamente por isto ,o pedido que a primeira comunidade cristã de Jerusalém formula a Deus na oração não é aquela de ser defendida, de ser poupada da provação, do sofrimento, não é a oração para se obter sucesso, mas somente aquela de poder proclamar com parresia, isto é com ardor, com liberdade, com coragem, a Palavra de Deus. (At 4,29).


Acrescenta depois o pedido para que este anúncio seja acompanhado pela mão de Deus, para que se realizem curas, sinais e prodígios (At 4,30), isto é, seja visível a bondade de Deus, como força que transforme a realidade, que transforme o coração, a mente, a vida dos homens e leve a novidade radical do Evangelho.

Ao final da oração - destaca São Lucas - "o lugar no qual estavam reunidos tremeu e todos ficaram repletos do Espírito Santo e proclamavam a palavra de Deus com ardor" (At 4,31). O lugar tremeu, isto é, a fé tem a força de transformar a terra e o mundo. O mesmo Espírito que falou por meio do Salmo 2 na oração da Igreja, invade a casa e preenche o coração de todos aqueles que invocaram o Senhor. Este é o fruto da oração que a comunidade cristã eva a Deus: a efusão do Espírito, dom do Ressuscitado que sustenta e guia o anúncio livre e corajoso da Palavra de Deus, que impulsiona os discípulos do Senhor a sair sem medo para levar a boa-nova até os confins da terra.

Também nós, irmão e irmãs, devemos saber levar os acontecimentos da nossa vida cotidiana para a nossa oração, para procurarmos o significado profundo. E como a primeira comunidade cristã, também nós, deixemo-nos iluminar da Palavra de Deus, através da meditação das Sagradas Escrituras, possamos aprender a ver que Deus está presente na nossa vida, presente também nos momentos difíceis, e que tudo - também as coisas incompreensíveis- faz parte de um superior desígnio do amor no qual a vitória final sobre o mal, o pecado e sobre a morte é verdadeiramente aquela do bem, da graça, da vida, de Deus.

Como para a primeira comunidade cristã, a oração nos ajuda a ler a história pessoal e coletiva na prospectiva mais justa e fiel, aquela de Deus. E também nós queremos renovar o pedido do dom do Espírito Santo, que esquenta o coração e ilumina a mente, para reconhecer como o Senhor realiza as nossas invocações segundo a sua vontade de amor e não segundo as nossas ideias. Guiados pelo Espírito de jesus, seremos capazes de viver com serenidade, coragem e alegria, cada situação da vida e com São Paulo nos avantajarmos "nas tribulações, sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência a virtude provada e a virtude provada na esperança": aquela esperança que não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi doado" (Rom 5, 3-5). Obrigado.


 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Orações ilustradas- sugestão

 A catequese deve ser permeada por um clima de oração. O seguidor de Jesus precisa ser alguém que ora, pois é na oração que acontece o encontro com Deus e consequentemente a adesão a pessoa de Jesus. É tarefa da catequese introduzir e promover um estilo de vida orante.
Queremos incentivar a oração espontânea e criativa nos encontros, levando os catequizandos a experimentarem o amor de Deus e acolhendo o mistério divino de forma afetiva. Queremos também resgatar algumas devoções populares (terço, novenas, bênçãos etc.) e orações (Pelo Sinal, oração do anjo da guarda, glória, salve-rainha, credo e etc. ) de nossa Igreja que vem sendo esquecidas ao longo do tempo.

Temos que trabalhar essas orações de forma criativa e significativa para que os catequizandos tomem gosto pela oração e não repitam as fórmulas somente de forma mecânica sem refletir no sentido da oração. Para isso sugerimos essas orações ilustradas que encontramos no Blog Jardim da Boa Nova . Uma gracinha, tenho certeza que os catequizandos vão adorar!













Abaixo está o link do blog Jardim da Boa Nova para você ver mais sugestões legais para a catequese.